quarta-feira, 20 de agosto de 2008

“Alminhas” de Nogueira do Cravo

Foi o decreto sobre o Purgatório que o Papa Pio V lembrou aos fiéis que existe e que as almas retidas nele, são julgadas pelo sufrágio dos fiéis e particularmente pelo aceitável sacrifício do Altar. Mandava o Santo Concílio que os Bispos se esforçassem para que a doutrina sobre o Purgatório ensinada pelos padres fosse acreditada, motivada e em todos os lugares pregada pelos fiéis de Cristo.
Esta doutrina motivou muitos artesãos e artistas na criação de inúmeras Alminhas, que hoje vemos espalhadas pela nossa terra.
Tradições antigas, que os habitantes marcavam às entradas dos caminhos quando se avistava a povoação e com a sua fé no Divino, tinham sempre presente o agradecimento com as suas orações por terem voltado às suas casas. Segundo diziam os nossos antepassados também foram feitas por promessas, porque os madrugadores quando passavam naquele lugar, ouviam barulhos e levaram a feitura das ditas “alminhas”.
São monumentos dos séculos XVIII e XIX e podem ser apreciados na Molhada, no largo do Campo de S.António, na Rua da Fonte da Almas, no lugar dos 4 caminhos (Rua Dr.Tinoco) incorporada na casa, na Rua da Corredoura à entrada de quem vem da Bobadela e ainda na Rua António Esculcas.
Estes monumentos são um marco que os antigos nos deixaram e que devemos preservar.



Um belo exemplar das Alminhas incorporada num antigo forno em Fundo de Vila, na Rua da Fonte das Almas

1 Olhares:

Unknown disse...

Fonte das Almas
Sem confirmação, este nome poderá ter origem com a morte de soldados franceses, quando das invasões. Se alguem dispõe de outros conhecimentos e quiser acrescentar algum esclarecimento sobre este caso, é interessante que o faça.
Conhecem-se os nomes de vários Nogueirenses ou residentes mortos, mas nada há de concreto quanto aos franceses.