segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Capela de Vilela - Comemoração dos 250 Anos

Decorrem as comemorações do 250º aniversário desta capela, que foi construída em 1758, após a destruição da anterior por causa do terramoto de 1755.

Respondendo a um aviso de 18 de Janeiro de 1758 do Secretário de Estado dos Negócios do Reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, interrogando os prelados sobre as paróquias do reino, pedindo as suas descrições geográficas, demográficas, históricas, económicas e Administrativas, também questionava sobre os estragos provocados pelo terramoto de 1755.

Neste último ponto e no que se relaciona a Vilela, o Padre de Nogueira do Cravo, J. Valente da Costa Gouveia, diz “ em observância da ordem de Sua Magestade Excelentíssima respondo aos interrogatórios do papel que se me entregou o seguinte”- Padeceo no terramoto do primeiro de Novembro de mil septe centos e sincoenta e sinco hua capella que a sua custa tenha mandado fazer Félix José de Gouveia do lugar de Vilela do mesmo. Há grande ruína q ainda nam esta reparada com cuidado (?) na sua reforma e edificaçam.

Mais tarde, isto é em 31-5-1779, é apresentado o seguinte documento: Auto de requerimento apresentado por Bento da Costa Pereira e sua mulher Luiza Bernarda, do lugar de Vilela, para poderem usufruir de duas sepulturas e tribuna na capela de Nossa Senhora da Conceição, mandada construir por seu irmão e cunhado, Félix José de Gouveia, cavaleiro professo e governador da Costa da Mina (XXIII, 31).

-Manuscrito em papel de linho 22,5 x 33 cm-Caderno cosido com 35 folhas numeradas e 4 em branco com marca de água

-Bom estado de conservação. (Fonte:AUC)

Com a data de 10.8.1786 há também um documento Breve do Papa Pio VI a conceder altar privilegiado e indulgência à capela pública de Nossa Senhora da Conceição, do lugar de Vilela (XXIII, 32), que consta de:

-Manuscrito em papel de linho 22,5 x 31 cm.

-Caderno cosido, 5 folhas, 2 em branco, com marca de água e selo.

-Bom estado de conservação (Fonte: AUC)


Pesquisa no AUC
Por Tamarres

4 Olhares:

Anónimo disse...

Ainda bem que o povo de Vilela da nossa freguesia não se esqueçe desta efeméride. É sempre interessante sabermos o que nos antecedeu na história na nossa freguesia.

Anónimo disse...

A reconstrução da nossa igreja Paroquial não seria também uma reconstrução (1806) devido a uma derrocada do terramoto de 1755?

Unknown disse...

Não me parece, a não ser que algum técnico tenha fundamentos para isso.
O questionário referido e da autoria do marquês de Pombal, tinha 26 perguntas, seguidas de mais dezanove.
O padre de Nogueira do Cravo, responde, em separado, pela nossa freguesia e pela de Gaizes, isto passados só três anos após o terramoto de 1/11/1755.
Especificamente o ponto que questionava os efeitos do terramoto é o nº 26 e a ele o padre (de Nog. do Cravo) só refere a capela de Vilela.
Parece lógico que se a Igreja matriz tivesse sido danificada, a ela se referiria concerteza e em especial, não esperando 5o anos.
Parece-me, e isto é só a opinião de um leigo, que a reedificação(não reconstrução) se deve mais à sua pequenez e ser velha(vidé antiquidade dos santos velhos) e a outros poucos pormenores que se conhecem.

Anónimo disse...

É uma capela muito bonita e está muito bem conservada.