Em tempos não muito distantes (século passado) haviam em Nogueira do Cravo, artes de trabalhar a pedra, madeira e o ferro, bem como muitos ofícios, hoje localmente desaparecidos como de alfaiates, costureiras, barbeiros, sapateiros, serradores, caiadores, pintores etc.
O progresso não perdoa e aos poucos as máquinas foram substituindo o homem e artesão, já que, para além de aliviarem o esforço manual, então exigido, os prazos de execução e os novos materiais tornavam tudo mais competitivo.
Hoje, na sociedade de consumo, tudo ou quase tudo se compra feito ou pré-fabricado. A máquina começou a substituir o homem com todas as suas vantagens e desvantagens. Nestas se destaca, não só o desemprego e consequentes desequilíbrios sociais que provoca, mas também o desaparecimento do artista.
Como forma de a todos homenagear nas respectivas artes, recordo através das respectivas fotos conseguidas, uma casa construída no concelho pelos irmãos, mestres Armando (pedreiro) e Afonso (carpinteiro), bem como o mestre Virgílio da Costa Saraiva que, através do ferro, construiu os coretos do Sr. Das Almas e de Ervedal da Beira. No Casal, ainda hoje existe uma torsa da porta de uma antiga forja, datada de 1714 (em ruínas) que foi precursora de grandes ferreiros, os melhores da região. No meio do século passado ainda existiam as forjas de Ambrósio Ribeiro, na Molhada e José Ricardo, na Torre.
Na arte dos ofícios, sobressai, pela maioria, o canteiro na arte de trabalhar a pedra, ou seja o arguina, com monumento a consagrá-lo em rotunda. Não devemos esquecer as muitas alfaiatarias como as de José Garcia, Manuel Trinta, António dos Covais, António Ferreira, António Maria, ou ainda as sapatarias de João Pires e José Esculcas em Fundo de Vila e de João Sapateiro e António Esculcas, na Torre.
Lembro ainda os caiadores e pintores. Destes últimos havia-os de muita qualidade, conforme o comprova a anterior pintura do teto da nossa Igreja (silvados) em 1853 por Manuel Rodrigues, de Nogueira do Cravo, pelo preço de 88 mil reis.
Certamente que muito há a divulgar e que poderá ter um contributo valioso para o conhecimento do nosso passado. Este poderá passar pela conservação de ferramentas antigas que poderiam, num futuro, serem apresentadas em museu, como a memória do nosso povo. Talvez, ainda, que os nossos habituais comentadores tenham outras fotos ou conhecimentos com interesse para o enriquecimento do nosso património cultural e artístico e que queiram partilhar. Fica, assim, um convite e o desafio para a sua divulgação. Para começar seguem duas fotografias antigas alusivas ao tema tratado.
O progresso não perdoa e aos poucos as máquinas foram substituindo o homem e artesão, já que, para além de aliviarem o esforço manual, então exigido, os prazos de execução e os novos materiais tornavam tudo mais competitivo.
Hoje, na sociedade de consumo, tudo ou quase tudo se compra feito ou pré-fabricado. A máquina começou a substituir o homem com todas as suas vantagens e desvantagens. Nestas se destaca, não só o desemprego e consequentes desequilíbrios sociais que provoca, mas também o desaparecimento do artista.
Como forma de a todos homenagear nas respectivas artes, recordo através das respectivas fotos conseguidas, uma casa construída no concelho pelos irmãos, mestres Armando (pedreiro) e Afonso (carpinteiro), bem como o mestre Virgílio da Costa Saraiva que, através do ferro, construiu os coretos do Sr. Das Almas e de Ervedal da Beira. No Casal, ainda hoje existe uma torsa da porta de uma antiga forja, datada de 1714 (em ruínas) que foi precursora de grandes ferreiros, os melhores da região. No meio do século passado ainda existiam as forjas de Ambrósio Ribeiro, na Molhada e José Ricardo, na Torre.
Na arte dos ofícios, sobressai, pela maioria, o canteiro na arte de trabalhar a pedra, ou seja o arguina, com monumento a consagrá-lo em rotunda. Não devemos esquecer as muitas alfaiatarias como as de José Garcia, Manuel Trinta, António dos Covais, António Ferreira, António Maria, ou ainda as sapatarias de João Pires e José Esculcas em Fundo de Vila e de João Sapateiro e António Esculcas, na Torre.
Lembro ainda os caiadores e pintores. Destes últimos havia-os de muita qualidade, conforme o comprova a anterior pintura do teto da nossa Igreja (silvados) em 1853 por Manuel Rodrigues, de Nogueira do Cravo, pelo preço de 88 mil reis.
Certamente que muito há a divulgar e que poderá ter um contributo valioso para o conhecimento do nosso passado. Este poderá passar pela conservação de ferramentas antigas que poderiam, num futuro, serem apresentadas em museu, como a memória do nosso povo. Talvez, ainda, que os nossos habituais comentadores tenham outras fotos ou conhecimentos com interesse para o enriquecimento do nosso património cultural e artístico e que queiram partilhar. Fica, assim, um convite e o desafio para a sua divulgação. Para começar seguem duas fotografias antigas alusivas ao tema tratado.
Tamarres
2 Olhares:
É tempo de a Junta de Freguesia em conjunto com as colectividades de Nogueira pensarem em adquirir um espaço (casa antiga de preferência)para nele se construir um Museu das artes e oficios/Biblioteca. Sugeria a casa que foi de Deolinda Vicente (Rua Dr.Tinoco).
Muito curioso. Em Nogueira do Cravo, ou neste excelente blog só vêm comentar as polémicas e de preferência da A.D. Nogueirense, mais até aquando do arrelvamento do Estádio de S.António. Isto de CULTURA E PASSADo DA NOSSA TERRA já ninguem comenta nem interessa. Não há futuro sem reconhecimento do glorioso passado da nossa terra , já dizia alguem! Para quando outra visão do nosso povo?
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