quinta-feira, 3 de abril de 2008

Alice dos Anjos Pires – Poetisa Popular

Na rota de dar a conhecer a faceta pouco conhecida de algumas figuras Nogueirenses que se distinguem pela qualidade de intervenção na vida social, cultural, profissional ou outra, será oportuno aqui recordar uns versos publicados há anos, na Comarca de Arganil, de autoria de Alice Pires, por sinal, irmã do falecido Fernando Pires, já lembrado neste blogue.
Talvez seja o momento de os responsáveis locais se questionarem e estarem atentos a casos de interesse como estes, que há que inventariar e dinamizar, sob pena de continuarmos pobres e ocos, por culpa própria.


Nogueira do Cravo – Meu berço

A nossa linda aldeia
Não a devemos esquecer
É pena sairmos dela
Para sobreviver

As cenas do meu passado
Nunca, nunca esquecerei
O passado é saudade
Saudade que sempre terei.

Tudo eram flores, tudo era Abril
Não se viam os males, o que o mundo encerra.
A minha mente, pura, infantil
Pousava alegre na minha terra.

Que ricos eram os prados
Hortas frescas nos casais
Campos lindos bem lavrados
E a casinha dos meus bons pais.

Óh, Pátria que me viu nascer
Tão querida foi para mim
Em Lisboa estou vivendo
Nogueira do Cravo terra sem fim.

Nogueira torrão bendito
Cheia de beleza natural
Tu és um torrão de Alicante
Uma colmeia de Portugal

Versos: Alice Pires


SANTIAGO

1 Olhares:

Unknown disse...

Mais uma agradável surpresa
Afinal há valores por descobrir.Por onde têm andado ? Porque se calam ? Porque não lhes dão voz ?
O último paragrafo postado é um alerta contra a letargia. Neste blogue têm sido dado pistas a seguir. Assim, seria bom que, quem tivesse conhecimento de outros casos, os revelasse, partilhando-os.