A Casa do Penedo tem origem numa provável torre de ascendência medieval, cuja cronologia carece de fundamentação. A interpretação tradicional tem difundido a ideia de que a primeira configuração do monumento resultou de uma torre de vigia islâmica, algures pelos séculos VIII-IX - razão pela qual é localmente conhecida por Casa dos Mouros -, mas a própria presença muçulmana na região não está devidamente documentada e estudada.Infelizmente, desconhecem-se referências baixo-medievais a esta estrutura, mas é certo que parte do aparelho construtivo corresponde a uma fase medieval. A posição dominante em que se encontra, no topo de um penedo de alguma relevância e com valor estratégico sobre uma verga agrícola fértil, sugere que a estrutura tenha tido valor militar, ou, pelo menos, de controlo efectivo do território.Em época posterior, que se pressupõe possa corresponder ao período barroco, a torre de dois andares foi transformada em casa de habitação, associando-se um lagar de vinho. Foi este segundo corpo que ocultou parte do acesso principal à suposta torre, em arco de volta perfeita. Na segunda metade do século XX, registaram-se algumas obras de conservação, reforçando-se a base do penedo e substituindo-se a cobertura das dependências.Sem esforços de estudo mais alargados, e até ao momento sem qualquer intervenção arqueológica, a Casa do Penedo permanece como um imóvel "acronológico", repetindo-se sucessivamente as infundadas teorias acerca da sua remota origem, mas sem possibilidade de aferição comprovada.PAF
Em Vias de Classificação (com Despacho de Abertura)
Despacho de abertura de 12/09/1997
Em Vias de Classificação (com Despacho de Abertura)
Despacho de abertura de 12/09/1997
* Texto retirado de publicações da responsabilidade do IPPAR - Instituto Português do Património Arquitectónico, entidade com actuação na área da Recuperação, Valorização e Salvaguarda do Património edificado.
4 Olhares:
Só é pena que um "ex-libris" de uma localidade não tenha uma função pública, como por exemplo um museu ou uma galeria de arte. Cabe às forças vivas da terra sensibilizarem os proprietários da casa nesse sentido. Não faz sentido uma pessoa de fora ver uma placa a indicar a casa do penedo, vir para a visitar e contentar-se em só a ver por fora.
Esta casa pertenceu aos avós de Bernardino Freire de Figueiredo Abreu e Castro.
Quanto à sua utilização para actividades de índole socio-cultural, ela já foi apresentada em assembleia de freguesia acerca de 30 anos. Só que a proposta não colheu, porque as pessoas não estavam sensibilizadas, incluindo forças vivas, proprietários e população.
Um museu? Uma galeria de arte? Porque não?.
Brevemente vai ser apresentado neste blogue um trabalho subordinado ao tema "Artes e Ofícios" em Nogueira do Cravo. Pode ser que a ideia desperte.
Concordo plenamente consigo. Se fosse uma utilidade para o futebol de certeza que já havia dinheiro para ter essa função publica...
Façam um referendo para acabar o futebol em Nogueira!
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