segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Chalana Será Jogador da AD Nogueirense até ao Final da Época

Rui Pedro Coelho Fernandes, mais conhecido por Chalana vai jogar pelo Nogueirense até ao final da época. Desempenha a função neste clube de Presidente da A.Geral desde há três anos. Foi profissional de futebol onde defendeu as cores do U.Coimbra por 3 épocas, jogando de seguida no Académico de Viseu (9 épocas), sendo neste clube a integrar a Liga Profissional, o 1º a fazê-lo no concelho de O.Hospital. Passou ainda pela Sanjoanense e pelo Sp.da Covilhã onde se sagrou Campeão da 2ª Divisão Nacional. Foi também Campeão Nacional da 3ª Divisão ao serviço do SL Nelas em 2004/05. Pelo União de Coimbra foi Vice- Campeão Nacional da 3ª Divisão. Jogou ainda nas camadas jovens do Ac.Vilela e FC O. Hospital. Nas últimas duas épocas era treinador-jogador da UD Sampedrense onde esta época com as mesmas funções estava no GD Campia.
Era seu desejo terminar a carreira no clube da sua terra, onde aos trinta e cinco anos vai dar o seu melhor.

Resumo do Ano 2007

Chegado o último dia do ano, o "Olhar Nogueira do Cravo" revê aqui, os momentos mais importantes e mais participados que fizeram notícia no blog.

01 Junho - Nota de Abertura - Após a criação da conta e elaboração do formato, era criada a primeira publicação no Blog.

20 Junho - Os Verbos dos Arguinas - Motivo de tanto orgulho e valor, os Arguinas é uma geração que nos identifica e caracteriza, pela primeira vez, e certamente a primeira de muitas, falou-se na história destes homens e do seu tempo.

04 Julho - Rádio Boa Nova - Após pouco mais de um mês de existência do blog, este meio de comunicação chamada Rádio Boa Nova, fez referência do trabalho que estava a ser feito e difundiu-o através da Rádio para conhecimento de todos.

12 Julho - 1ª Sondagem - Dando seguimento ao propósito do blog, deu-se voz às opiniões do visitantes na identificação do que mais falta faria a Nogueira do Cravo.

05 Setembro - 2ª Sondagem - Novamente eram convocados todos os Nogueirenses, a que se opinasse sobre a possibilidade de se voltar a adquirir o estatuto de Vila.

03 Outubro - Bernardino Freire de Figueiredo Abreu e Castro - Pela primeira vez, era publicado no blog, a vivência e a história desta grande personalidade Nogueirense. Seria o primeiro de vários artigos, na maior divulgação levada a cabo no blog.

23 Outubro - Traçados do Futuro IC6 e IC7 - Das notícias mais faladas em todo o Concelho, dada a sua extrema importância, era inevitável que fosse levada até o blog. Era importante que se desse a conhecer o que vinha a ser discutido e o que pensavam as pessoas a cerca dessas possíveis decisões.

14 Novembro - Aniversário da Morte de Bernardino - Com a participação de um visitante, elaborou-se um artigo que serviu de comemoração do aniversário do falecimento de Bernardino.

17 Novembro - Livro de Francisco Correia das Neves - Após o lançamento do novo livro do autor de "Os Verbos dos Arguinas", fez-se referência ao seu conteúdo, nomeadamente dos factos relatados sobre a nossa aldeia.

19 Novembro - Fotos Centenárias - Publicação de duas fotos enviadas por visitantes, que ilustram algumas zonas de Nogueira do Cravo.

23 Novembro - Padre Manuel Henriques - Primeira abordagem a outra grande personalidade Nogueirense.

27 Novembro - Invasões Francesas - História dos acontecimento ocorridos no passado século XIX em Nogueira do Cravo e em outras zonas da Freguesia.

01 Dezembro - Monumento ao Arguina - Descrição pormenorizada do escultor, à obra inaugurada a 10 de Junho de 2002.

03 Dezembro - Hinos de Nogueira - Publicação de alguns cantos antigos dedicados a Nogueira, cantados à dezenas de anos atrás pelos nossos antepassados.

07 Dezembro - Busto de Bernardino - Perto da data em que se assinalava o 198º aniversário do seu nascimento, publicou-se o busto que existiu numa praça em Moçamedes, e parte do livro "Nossa Senhora dos Guararapes"

24 a 29 Dezembro - Padre Manuel Henriques - Através de um artigo publicado na Comarca de Arganil, recordou-se em 3 partes, a história do Padre Manuel Henriques, o Pintor Santo.

Passados cerca de 7 meses desde a "abertura" deste espaço, após mais de 7.000 visualizações, contadas mais de 3.800 visitas e publicadas quase 150 notícias, aqui fica o trabalho desenvolvido até hoje, que sem a importante colaboração de alguns seria impossível e certamente de menor importância.
Muito ficou por dizer, muito ficou por referir, mas se tudo tivesse sido dito e feito nestes 7 meses, não faria sentido continuar.

O "Olhar Nogueira do Cravo" expressa através deste post, o mais sincero agradecimento a todos que colaboraram com esta iniciativa, independentemente do modo como o fizeram, e deixar o desejo de um óptimo ano 2008, repleto de todo o quanto seja o vosso desejo.
A todos muito obrigado.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Padre Manuel Henriques - O Pintor Santo (III)

A sua mente já só via os últimos momentos da sua vida. Dela falava repetidas vezes. O padre Manuel Fernandes, seu companheiro, testemunhou, lhe ouvira dizer, muitas vezes, que havia de acabar a vida quando o padre Gaspar de Gouveia acabasse de ser reitor do Colégio de Coimbra. Um outro lhe ouvira dizer que morreria dentro de seis anos e a um irmão que morreria em cinquenta e quatro (1654). A um outro disse que só ao Irmão António Henriques, seu sobrinho, escreveu que lhe parecia que não se veriam mais, porque uma pessoa, Serva de Deus, lhe dissera que havia de morrer no ano de cinquenta e quatro, que o encomendasse a Deus. Nos últimos tempos o modo como se explicava era dizer que havia de morrer quando acabasse de ser reitor o padre Gaspar de Gouveia. Chegado novamente ao Santuário da Senhora da Lapa, para renovar uns painéis da igreja (Agosto de 1654), andando com grandes dores de cabeça, disse a um seu companheiro que já tinha pouco tempo de vida. Perguntou-lhe este quanto tempo seria mais ou menos ao que lhe replicou mais uma vez: quando o Padre Reitor acabar. E assim foi. Nunca se soube que pessoa de virtude foi aquela tal que lhe havia declarado o tempo da sua morte. Quando falava da sua morte era com a boca cheia de riso, com quem nela se comprazia para ir gozar da vista do seu Criador. Das dores de cabeça passou-se a outros achaques, tudo sofrendo com grande conforto, sem se queixar nem dar algum incómodo. Três dias antes de morrer, disse novamente que estava perto do seu fim, pediu os Sacramentos e os recebeu com muita devoção. Deu muitas graças a Deus e a quem lhe trouxe os Santos Sacramentos dirigiu palavras de grande ternura. Referiu a Santíssima Trindade, Cristo Nosso Senhor, Anjo da Guarda e os Santos a que tinha especial devoção. Nestes três últimos dias padeceu extraordinárias ânsias, tristezas e agonias e com voz que parecia do outro mundo disse: “Eu dei com uma faca em um moço, dei-lhe na barriga e ele só três dias durou. Estou agora aqui eu penando por isso outros três dias. Deus assim o quer. Vão descansar, porque eu agora quero também descansar um pouco”. Dizendo estas palavras, era alta noite, se “encheu de força” e entrou imediatamente na última agonia. Morreu de tal modo composto que nem foi preciso fechar-lhe os olhos, compor-lhe a boca, cruzar-lhe os braços, estender-lhe os pés… Tal como Cristo, inclinou a cabeça para o lado da Senhora e se finou aos dois de Setembro de 1654, com 61 anos de idade e 37 de Companhia de Jesus.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Construção dos IC 6, IC 7 e IC 37

Na sequência do compromisso recentemente anunciado pelo Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas, Paulo Campos, em Oliveira do Hospital, a EP – Empresa “Estradas de Portugal, SA”, publicou ontem, dia 26 de Dezembro, o anúncio de “Consulta Pública” relativo à “Avaliação Ambiental Estratégica” do Plano Rodoviário Nacional na Região Centro Interior.
Em causa, estão as três propostas de traçado apresentadas pelo Governo para a construção dos IC 6, IC 7 e IC 37, que – conforme determina a lei – vão estar agora em período de consulta pública pelo prazo de 30 dias, que se inicia já a 31 de Dezembro.
Neste processo, que antecede o acto de lançamento de concurso público para a adjudicação do projecto definitivo, estão envolvidos vários municípios da região que têm posições diferentes sobre os traçados que agora estão em consulta pública. A documentação relativa ao processo vai estar disponível, para os interessados, nas autarquias da região e no sítio de Internet da EP – Estradas de Portugal, S.A, em www.estradasdeportugal.pt


**Notícia Correio da Beira Serra Online

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Padre Manuel Henriques - O Pintor Santo (II)

Capítulo XC
Da exactidão com que se houve na observância dos seus votos

“Em primeiro lugar quero referir os exemplos que nos deixou na observância dos votos, pois neles consiste a substância do estado Religioso. Em tudo o que na Companhia se pode exercitar este servo de Deus deixou-nos singulares exemplos. Primeiramente no comer, porque muitas vezes não comia senão os pedaços mais duros, as côdeas do pão e para quem nisso reparava respondia que aquilo era muito bom para enxugar o estômago. O seu nome era sempre o comum, o vulgar, sem admitir particularidades ou mimos. Sofria com grande alegria a falta do necessário, quer em casa quer andando por fora, ninguém o via descontente por qualquer falta de comodidade. No vestir a sua pobreza era ainda maior, nem se pode explicar. Nos seus calções chegaram a contar-lhe cento e cinquenta remendos distintos, alguns sobre outros, tudo isto por amor à sua santa pobreza. Estes calções de que falei eram os que usava em dia de festas solenes porque outros ainda piores tinha para o trabalho. E o mesmo acontecia com o calçado, o gibão, a mesma pobreza no barrete, no terço por onde rezava, o hábito, etc… Andando por fora a sua pousada preferida era algum palheiro ao qual se recolhia com gosto. Na virtude da caridade foi mais anjo que homem. Usava remédios medicinais violentíssimos; aplicava penosas e santas invenções durante a noite. Quando interpelado por outros padres respondia que antes queria perder o corpo que a alma. Na obediência foi exactíssimo sem se desviar um só ponto das ordens dos seus superiores.

Capítulo XCI
De muitas outras virtudes do irmão Manuel Henriques

Foi o irmão Manuel Henriques homem de muita caridade quer para Deus quer para o próximo ganhando muita estimação. Procurava ajudar tudo com práticas espirituais e bons conselhos. Com a gente de fora falava sempre de Deus e ao falar desta matéria obteve graças particulares. Para aumentar a devoção no próximo fazia muitas viagens por ter a noção de que entrava nos corações dos ouvintes. Fugia sempre de murmurações e nesta matéria mostrou sempre grande recato e cautela. Se alguns, por lhe saberem a condição, de propósito o investigavam, ele fugia benzendo-se e dizendo: Jesus, arrenego eu o diabo, indo embora. Mas tudo isto fazia com muita graça, que ninguém se escandalizava. Indo para Nossa Senhora da Lapa se acomodou numa estalagem onde outros passageiros diziam ordinarices. Chegou-se a eles, começou a falar de Deus, cortou com aqueles impropérios e fê-lo com tal agrado que todos que deixavam de comer para o ouvir; e disseram, para mostrar o gosto com que o ouviam, que estariam ali toda a vida para assistir a práticas tão santas e proveitosas. E, ao despedirem-se, bem manifestaram a saudade do afastamento. Chegado a Nossa Senhora da Lapa foram-no visitar alguns amigos, que, de lance, começaram a murmurar. Parecia que estava de aviso, atalhou-os com bons modos e práticas, contando-lhes que um outro irmão, usando das mesmas virtudes, quando morreu, foi visto com os olhos muito resplandecentes. Era costume seu, andar sempre provido de bons e santos exemplos, para estas ocasiões. Com os enfermos usava da maior caridade. Ajudava-os sempre e a todos visitava. Indo um dia caminhando, o moço que o acompanhava achou-se indisposto; desceu do cavalo onde se transportava e com o moço trocou. Os pobres recomendava a quem os podia ajudar. Quando lhe davam qualquer coisa, tudo guardava para eles. A prática da caridade era uma constante. Quando esteve em Sevilha uma vizinha deu à luz uma criança, mas não tinha leite para o amamentar. Então Manuel Henriques tomou por devoção levar todos os dias a criança a quem lhe pudesse dar de mamar. A justiça, que já o conhecia, deixava-o passar livremente. Se algum oficial de justiça, que ia de novo, reparava, logo outro lhe dizia: Deixem-no passar que é o caritativo Henriques. Sua devoção foi admirável. Todos os dias, antes da comunidade se levantar, tinha duas horas de oração. Quando de noite se levantava e ia a alguma capela, fazia-o com os pés descalços ou só com as meias, para não ser ouvido ou acordar os colegas. Antes da ladainha tinha meia hora de oração. Neste santo emprego gastava todo o tempo que lhe sobrava do seu ofício. Dizia que na oração se comunicava com Deus. Nela era pontualíssimo. Nos dias santos, ainda mais se entregava à oração. Havia, pelo menos, três missas. A todas ajudava. Do Santíssimo Sacramento foi particular devoto, visitando-o muitas vezes. Depois da comunhão fazia largos espaços de recolhimento. Em obséquio da Senhora da Lapa rezava com especial atenção. Ao domingo começava a rezar pelos mistérios gozosos, à segunda pelos dolorosos, à terça pelos gloriosos e por esta ordem continuava. A quarta e sábado rezava pelas excelências da Senhora e dizia que sentia em sua alma particular consolação depois que começara a rezar desta maneira. Também foi particular devoto de Santo António. Quando lhe faltava alguma coisa, logo se punha de joelhos e rezava ao Santo um Pai Nosso e uma Ave-Maria. Um dia, depois de ter revolvido toda a casa por um papel que lhe faltava e lhe era muito necessário, se pôs de joelhos no meio da casa e fez a sua costumada devoção. Acabada esta, ele foi direito a uma parte esquisita, onde antes não imaginava estar tal papel e aí o achou. Na penitência e mortificação era insigne. Todas as noites fazia: uma à meia noite e outra de madrugada. A outras também; no refeitório e na oficina. Todas as sextas-feiras fazia cilício e muito doloroso. Jejuava, comia muitas vezes no chão. Sempre que lhe punham comida na frente, deixava o melhor. Bebia vinho mas sempre com três partes de água. O seu dormir era, não numa cama, mas só no colchão encostado a uma parede a que se encostava. Padecia de muitos e graves achaques, dos quais, se alguma vez falava, era só para dar graças a Deus. Se lhe diziam que buscasse ou consentisse algum remédio logo respondia: em mim pouco ou nada se perde. Era muito escrupuloso mas só em coisas que lhe dessem descanso; nunca nas que lhe dariam trabalho. No trabalho foi tão diligente que ninguém o via em momentos de ócio. Ou trabalhava no seu ofício ou então rezava ou trabalhava em obra religiosa.”
Continua...

Resultados Desportivos

Associação Desportiva Nogueirense
Séniores - Góis 2 vs AD Nogueirense 1
Mais uma vez a equipa Nogueirense a não mostrar grande fio de jogo, e mesmo com vantagem numérica com a expulsão de um atleta do Góis desde os 20 minutos da primeira parte, a não conseguir alcançar a vitória, distanciando-se cada vez mais do topo da tabela classificativa.
Infantis - AD Nogueirense 0 vs Poiares A 7
Escolas - Tourizense 9 vs AD Nogueirense 1

Liga de Melhoramentos de Nogueira do Cravo
Lordemão 3 vs LMNC 2
Jogo que tinha sido adiado por falta de condições para a prática do futsal, que seria disputado no passado sábado, em que a equipa da Liga não conseguiu a vitória que lhe permitia continuar perto dos primeiros classificados, muito por culpa dos sucessivos desperdícios de oportunidades.

Lei do Tabaco


A partir de 1 de Janeiro de 2008 vai passar a ser proibido fumar em locais de atendimento público, nos locais de trabalho, nos locais destinados a menores de 18 anos, nos estabelecimentos de ensino (excepção para o ensino superior), restaurantes e estabelecimentos hoteleiros.
A lei, que já foi publicada no Diário da República, estabelece coimas entre os 50 e os 750 euros para as pessoas que fumem em locais proibidos, e entre os 50 e os 1000 euros para os proprietários dos estabelecimentos privados e órgãos directivos de serviços da Administração Pública que não cumpram a legislação.
Os valores mais elevados, entre os 30 mil e os 250 mil euros, correspondem a infracções devidas ao incumprimento da lei no que respeita à composição e medição das substâncias contidas nos cigarros comercializados, à rotulagem e embalagem dos maços de cigarros, à venda de produtos de tabaco, à publicidade, promoção e patrocínio de tabaco e de produtos do tabaco e às campanhas de informação, de prevenção ou de promoção de vendas.
A lei proíbe o fumo de tabaco em diversos locais fechados, nomeadamente locais de trabalho, de atendimento directo ao público, nos estabelecimentos onde sejam prestados cuidados de saúde, nas áreas de serviço e postos de abastecimento de combustíveis e nos parques de estacionamento cobertos.
É ainda proibido fumar nos transportes públicos e nos estabelecimentos de restauração ou de bebidas, incluindo os que possuam salas ou espaços destinados a dança.
A lei prevê no entanto algumas excepções, nomeadamente que todos os estabelecimentos com menos de 100 metros quadrados possam optar entre proibir ou permitir o fumo.
A legislação prevê igualmente que os estabelecimentos de restauração com mais de 100 metros quadrados possam criar áreas para fumadores. Até lá os comerciantes e as restantes entidades envolvidas, têm ainda que preparar a devida sinalização dos espaços, bem como, a ventilação devida às áreas de fumadores.
Apesar de a lei ter sido contestada por muitos, é sem dúvida importante, e vem numa altura em que se estima que a maior causa de morte nos próximos anos, se prende com doenças provenientes do tabagismo.
Para os fumadores as "más notícias" não ficam por aqui, já que nesse mesmo dia 1, o tabaco sofre um acréscimo de venda de até 30 cêntimos por maço.
Uma boa altura para pensar em largar a dependência do tabaco, já que esta legislação prevê também a criação de consultas especializadas de apoio aos fumadores que pretendam deixar de fumar, em todos os centros de saúde integrados no Serviço Nacional de Saúde e nos serviços hospitalares públicos.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Padre Manuel Henriques - O Pintor Santo (I)

Já anteriormente se falou em Padre Manuel Henriques, mais uma grande figura Nogueirense que ficou algo esquecida no seu tempo.
Aqui fica a primeira de três partes onde se transcreve a história desta personalidade. Um trabalho levado a cabo por António da Rosa intitulado "Quem foi Manuel Henriques, o pintor santo?", publicado na Comarca de Arganil entre Janeiro e Fevereiro do ano de 2004, e gentilmente enviado para o email do "Olhar Nogueira do Cravo" por um colaborador deste espaço.
Que através deste meio, se consiga imortalizar a vida e os feitos deste filho de Nogueira do Cravo.

Em primeira abordagem ao estudo feito sobre a vida deste padre jesuíta, pintor e santo, detivemo-nos na pesquisa feita no Dicionário da Arte Barroca em Portugal, que transcrevemos e daqui lá fomos à Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra aprofundar o estudo nos livros de António Franco “Imagem da Virtude em o Noviciado da Companhia de Jesus no Real Colégio de Jesus de Coimbra”.
No capítulo LXXXIX e sob o título “Vida do Irmão Manuel Henriques – Pintor” o autor começa por referir alguns aspectos sucintos da vida e morte de outros irmãos até chegar ao nosso visado; a este dedica larguíssimas páginas que vamos tentar transcrever sem adulterar os aspectos fundamentais de toda a vida de Manuel Henriques, já que o livro é escrito num português arcaico, mas perfeitamente perceptível.
“Nasceu talvez pelo ano de 1593 na vila de Nogueira do Cravo, Bispado de Coimbra. Seus pais eram gente honrada e virtuosa e chamavam-se Baltazar Antunes e Ana Henriques. Era parente de outro nosso padre Marcos Jorge, o que compôs a cartilha da Santa Doutrina, a que vulgarmente chamavam Mestre Inácio. Foi baptizado na Igreja de Nossa Senhora do “O” (agora Nossa Senhora da Expectação); nesta vila se criou até aos dozes anos, idade com que foi para Coimbra para a casa de um seu tio, o cónego Tomé Nunes. Estando nesta casa lhe aconteceu um desastre; andava ele jogando com outro do seu tempo, houve entre eles uma desavença e Henriques metendo a mão em uma faca lhe deu tal ferida que dela morreu ao fim de três dias. Foi por causa deste sucedido obrigado a mudar de terra e depois de Reino. Passou à cidade de Sevilha, na Andaluzia. Já neste tempo sabia alguma coisa de latim, porém a sua propensão o levava a ser pintor. Seguindo a sua inclinação se acomodou com um pintor, o qual vendo nele “bom feitio” o começou a ensinar e tratar como filho. Apesar destes cuidados, não esquecia o grande problema de consciência que o atormentava devido à morte que cometera e desejava ardentemente recolher-se em alguma religião, para fazer penitência do seu pecado. Nestes bons desejos o alentava o padre Alonso Rodrigues, muito conhecido no mundo pelas suas virtudes e livros admiráveis e aquém Manuel Henriques se confessava. Afeiçoou-se Henriques à religião de São Basílio; como os religiosos tinham conhecimento da sua índole e talento facilmente aceitaram a sua pretensão. Passados alguns anos veio ele mesmo a Coimbra e para não o prenderem recolheu-se no Collégio de Jesus. Aí pintou o seu primeiro grande trabalho um quadro do Rei D. João I. Ali era visitado por muitos padres que apreciavam os seus trabalhos e bons modos, o foram julgando apto para a companhia de Jesus e o iam afeiçoando. Mas ele estava com todos os seus sentidos na religião de São Basílio e só pensava no seu regresso a Andaluzia. Sucedeu que em uma ocasião ia passando o venerável padre Diogo Monteiro por onde estava Manuel Henriques e lhe disse estas únicas palavras: Senhor Manuel Henriques fique connosco e seja da Companhia. Pôs Deus tanta força nestas palavras, que como ele depois dizia, lhe não deixaram lugar a dúvidas, respondeu que sim, queria ser da Companhia de Jesus e que sua Reverência lhe diligenciasse este bem. Pediram autorização a Roma que a negou. Tanto instaram nesta petição que ao fim de dos anos finalmente veio a ordem para entrar na Companhia de Jesus o que aconteceu aos sete de Novembro de 1618. Começou o seu Noviciado e o continuou com grande edificação. Passou depois para o Collégio de Évora onde pintou o Santo Pratiarca e muitas outras obras com que ornamentou aquele Collégio. Também esteve em Lisboa, porém a maior parte da sua vida passou-a em Coimbra onde fez quase todas as pinturas que há naquele Santo Collégio. Ornamentou também a Casa de Nossa Senhora da Lapa (Beira Alta), de que era devotíssimo e onde morreu. Mas da sua morte se falará mais à frente”



Continua...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Boas Festas


O "Olhar Nogueira do Cravo" deseja a todos um Santo e Feliz Natal, na companhia daqueles que são mais importantes para vós, com muita saúde, alegria e principalmente muito espírito verdadeiramente natalício.

Aproveite este espaço e publique aqui a sua mensagem de Natal. Boas Festas.

O Presente Ideal

Este Natal ofereça Cultura e História de Nogueira do Cravo.
Memórias do Foot-Ball em Nogueira do Cravo, à venda na sede da Associação Desportiva Nogueirense.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Nogueirense Segue na Taça

A equipa sénior da Associação Desportiva Nogueirense recebeu e venceu ontem, a equipa do Taveirense em jogo a contar para a taça da Associação de Futebol de Coimbra.
Equipa de Taveiro que apesar de disputar o campeonato da 1ª Distrital, se apresentou bem mais forte que no ano transacto quando militava ainda na Divisão de Honra, dificultando bastante a vitória Nogueirense.
Golos apenas na segunda parte, e foram dois sem resposta, o que permitiu a continuação em prova da equipa da casa.
O Nogueirense aguarda agora o sorteio para a próxima eliminatória, enquanto prepara o jogo do próximo Domingo frente à equipa de Góis.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Capa do Livro Nossa Senhora dos Guararapes


Esta é a capa de um dos livros escritos pelo nosso conterrâneo Bernardino, editado no Brasil em 2002.
É um romance histórico, moral e crítico. Entre outros, escreveu também livros de carácter didáctico, como a História Geral, em seis volumes.
Para encerrar, por ora, este ciclo de dar a conhecer aos Nogueirenses este homem que muito dignificou Nogueira do Cravo, achei por bem, no dia da data do 198º aniversário do seu nascimento, homenageá-lo desta forma.

Tamarres

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Resultados Desportivos

Associação Desportiva Nogueirense
-Séniores - AD Nogueirense 1 vs Febres 2
Equipa sénior a voltar a perder pontos em casa, desta vez frente a um adversário difícil, no entanto ficam mais distantes os lugares cimeiros.
-Infantis - AD Nogueirense 2 vs Tourizense 5

Liga de Melhoramentos
-Futsal LMNC 4 vs Prodeco 4
O empate não foi suficiente para as aspirações da equipa de Nogueira, que deixou assim a prova da taça.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Nogueirense Contesta Arbitragem

A Associação Desportiva Nogueirense entendeu que, após mais uma arbitragem negativa sempre em prejuízo do próprio clube, chegou a hora de 'dar um murro na mesa' e dizer 'Basta!'.Assim, a Direcção resolveu 'não ficar de braços cruzados' e deu a conhecer através da imprensa desportiva (Diário de Coimbra), a sua indignação perante o acumular de erros que adulteram a verdade desportiva.

Dando continuidade a esta tomada de posição, a Direcção do clube fez também chegar à Associação de Futebol de Coimbra e ao Conselho de Arbitragem da mesma Associação.
Após tomar conhecimento dos castigos aplicados aos jogadores (MAL) expulsos no jogo do passado Domingo e por considerar os mesmos exagerados, a Direcção do Clube entendeu também, recorrer dos mesmos para as instâncias competentes.
Acrescenta-se o mapa de castigos decorrente da última jornada: Vinha da Rainha - Nogueirense (Resultado final: 2-2)- Nuno Ribeiro foi suspenso por 3 Jogos; - Oliveira foi suspenso por 4 jogos;- Leonel foi suspenso por 2 jogos.
Por último o árbitro deste encontro (Sr. Paulo Santos) foi o mesmo que arbitrou o jogo da 2ª jornada (Nogueirense-Penelense) e, nesse mesmo encontro, também expulsou 3 jogadores da equipa de Nogueira e anulou um golo 'limpo'... será coincidência?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Sorteio da Taça da AFC


Sorteio da Taça deu como adversário à equipa sénior da Associação Desportiva Nogueirense, o Taveirense, jogo este a realizar no próximo dia 16 do corrente mês no Campo de Santo António.
O mercado de inverno trouxe também mais um atleta para o plantel, Oliveira (ex-Figueira de Castelo Rodrigo - 3.ª Divisão)

Bernardino Freire Figueiredo Abreu e Castro

BERNARDINO FREIRE FIGUEIREDO ABREU E CASTRO
14.12.1809 /14.11.1871
Nogueira do Cravo - Recife - Mossâmedes
O conterrâneo estudante, político, militar, exilado, professor, escritor, patriota, colono, Juiz e agricultor que fundou a cidade de Mossâmedes em 04.08.1849.

Por: Tamarres
No próximo dia 14 ocorre o 198º aniversário do nascimento do nosso ilustre conterrâneo.
A caminho do bicentenário, assinale-se a efeméride com a fotografia do seu busto e que existiu numa praça de Moçâmedes. Penso ser oportuno conhecer também uma passagem do seu livro “Nossa Senhora dos Guararapes” em que o autor se revela um homem saudoso com a Pátria, o solar paterno, a mãe, os campos e os amigos na sua infância.

(Clique na Imagem para Aumentar)

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Jantar de Natal ADN


É já amanhã o último dia de inscrições para o Jantar de Natal da Associação Desportiva Nogueirense.
Vamos comemorar esta data em família.... a 'Família Nogueirense' com votos de Paz, alegria e muita saúde!

SAP Tem os Dias Contados

É apenas uma questão de tempo. O Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital (CSOH) vai mesmo encerrar durante o período nocturno, entre as 0h00 e as 8h00. A informação foi avançada na semana passada ao Correio da Beira Serra por uma fonte não identificada da própria Administração Regional de Saúde do Centro (ARS Centro), que garantiu no entanto não haver ainda uma data definida para o encerramento. "Os SAP têm os dias contados e mais tarde ou mais cedo vão encerrar. Em Oliveira do Hospital, o SAP encerrará quando estiverem acauteladas outras unidades no terreno. Isto faz parte do projecto de requalificação do serviço de urgências, mas só quando estiverem implementadas todas as condições é que o ministro da Saúde avançará com datas de encerramento e as alterações ao sistema", referiu ao CBS a mesma fonte, especificando ainda que este processo está dependente da implementação do Serviço de Urgência Básico (SUB) que está a ser criado no concelho de Arganil.


**Notícia Correio da Beira Serra Online

Hino a Nogueira

Sou Nogueirense e tenho orgulho em ser daqui,
Terra mais linda não vi ainda, eu nunca vi
Nos lindos montes, nas tuas fontes quero beber,
E no teu solo, lindo eu rebolo, quero aquecer.


Refrão: Bela Nogueira, terra linda e abençoada,
Que eu trago sempre gravada dentro do meu coração,
Terra formosa, desta pátria tão ditosa
Quem és tu ó Nogueira, quem és tu terra ideal
És o “ricão” mais belo de Portugal.

A tua Gente que bem sente como ninguém,
Sabe cantar, sabe rezar, porque alma tem,
Gente que reza e sem tristeza esmaga a vida,
Na dura serra, cavando terra lá ganha a vida.


Refrão: Bela Nogueira, terra linda e abençoada,
Que eu trago sempre gravada dentro do meu coração,
Terra formosa, desta pátria tão ditosa
Quem és tu ó Nogueira, quem és tu terra ideal
És o “ricão” mais belo de Portugal.


"..Este é um dos Hinos dedicados a Nogueira do Cravo.
Não sei a sua origem nem quem o escreveu, sei que foi cantado num teatro no inicio da década de 90, em que o ensaiador era o saudoso Valério das Finanças.."

2.ª Mão da 1ª Eliminatória - Futsal


A equipa da Liga de Melhoramentos tem uma desvantagem a superar da 1ª Mão.
O apoio de todos é fundamental para a continuação da equipa na Taça da AF Coimbra.

- Sábado, 19 Horas, Pavilhão de S. Tiago -

Multibanco Será uma Realidade


Segundo informações chegadas ao email do "Olhar Nogueira do Cravo", estará para breve a instalação de uma Caixa de Multibanco em Nogueira do Cravo.
O local, bem como a data da instalação da mesma são desconhecidos, no entanto é sem dúvida um passo louvável e que termina com uma das faltas dos Nogueirenses, comprovada pelo inquérito que o nosso blog levou a cabo.
O "Olhar Nogueira do Cravo" aproveita para informar, que fez chegar às mãos do Sr. Presidente da Junta de Freguesia um comunicado a dar conta dos resultados dos inquéritos que tiveram lugar no blog, no entanto, até à data, o mesmo não mereceu ainda qualquer resposta, pelo que, as informações contidas neste post não são confirmadas.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Hino de Nogueira

Ó Nogueira, ó Nogueira,
Já te podes alegrar,
As moças que cá voltavam
Elas cá vêm a chegar.

REFRÃO
Andam pelo ar cantigas,
Melodias de encantar,
São vozes que as donzelas
Tão gentis, meigas e belas
Vão cantar em seu lidar.

Cantai, Cantai,
As canções de namorados
A lembrarem alvoradas
Em sinos de branca ermida BIS
E toda a gente ouça atenta esta canção
Numa singela oração,
Pedaços da nossa vida.

FIM DO REFRÃO

O meu amor me disse ontem
Que eu andava coradinha,
Os anjos do céu me levem
Se esta cor não era a minha.

Refrão ...

Ó lua que vais tão alta
Lá por esses altos céus
Vem me dizer ao ouvido
Quais são os amores meus.

Refrão ...

** Esta canção da nossa terra é muito antiga e chegou-nos através da "Tia" Altina.

Classificação Futsal


Classificação Séniores Nogueirense


Resultados Desportivos

Associação Desportiva Nogueirense
Séniores - Vinha Rainha 2 - A D Nogueirense 2 - Equipa Nogueirense a consentir mais um empate, o que a coloca mais longe dos lugares cimeiros.
Infantis - A D Nogueirense 10 - Poiares 3
Escolas - Lousanense B 0 - A D Nogueirense 4

Liga de Melhoramentos
Futsal Lordemão vs Liga de Melhoramentos - Adiado
Devido á falta de condições para a prática do futsal, o jogo foi dado por concluído aos 2 minutos da primeira parte, estando ainda o resultado a zeros, ficando assim adiado para o próximo dia 22 de Dezembro às 16.00h.

sábado, 1 de dezembro de 2007

O Natal Cristão

No início do mês que simboliza as comemorações natalícias, porque não lembrar um pouco da história que deu início das festividades, que remonta já há alguns séculos atrás.

Foi só em meados do século IV d.C. que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus, tendo o Papa Júlio I fixado a data no dia 25 de Dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do Seu nascimento. Uma das explicações para a escolha do dia 25 de Dezembro como sendo o dia de Natal prende-se com a intenção de combater toda e qualquer celebração pagã do mês de Dezembro, nomeadamente a Saturnalia.
Esses cultos que veneram outras divindades tornaram-se uma ameaça para o poder da Igreja Católica quando ela começou a expandir-se. Ela não poderia permitir cultos a outros deuses além do seu, mas também não conseguia impedir as festas do dia 25, de tão tradicionais que eram. Então, a Igreja deu um significado religioso à data e para que esta convenção fosse universalmente aceite, nada melhor do que absorver alguns dos rituais pagãos, como as velas e trocas de presentes, que passaram a simbolizar as ofertas feitas pelos três Reis magos ao menino Jesus.No ano de 1752, quando os cristãos abandonaram o calendário Juliano para adoptar o Gregoriano, a data da celebração do Natal foi adiantada em alguns dias para compensar esta mudança no calendário. Algumas zonas optaram por festejar o acontecimento em 6 de Janeiro, contudo, gradualmente esta data foi sendo associada à chegada dos Reis Magos e não ao nascimento de Jesus Cristo.Jesus nasceu em 25 de Dezembro, ou pelo menos em Dezembro?Embora não seja impossível, parece improvável. Nem mesmo os textos bíblicos especificam o dia ou mês do nascimento de Jesus.
Um problema com Dezembro é que seria fora do comum que pastores estivessem "pastoreando nos campos" uma vez que era o período mais frio do ano, quando os campos ficavam improdutivos e cobertos de neve. A prática normal era manter os rebanhos nos campos da Primavera ao Outono. Além disso, o inverno seria um tempo especialmente difícil para Maria viajar grávida pelo longo caminho de Nazaré a Belém (70 milhas).
Tendo como referência algumas indicações bíblicas parece plausível que João Baptista terá nascido em Março, nove meses após a sua concepção em Junho. Segundo este cálculo, Jesus que, segundo S. Lucas, terá nascido 6 meses depois, poderá ter nascido no mês de Setembro.Assumindo que todos estes cálculos estejam correctos, a 'concepção' de Jesus, essa sim, terá acontecido no mês de Dezembro. Esta possibilidade é aceite por muitos católicos que consideram o mês mais adequado para Deus trazer a 'luz' à terra, já festejada muito antes de Jesus.
Numa altura em que por inúmeras vezes se vê o Natal apenas como 'símbolo' de actos materiais e comerciais, penso que seria oportuno lembrar as tradições e as comemorações que eram feitas no passado em Nogueira do Cravo.

Monumento aos Arguinas


O dia 10 de Junho de 2002, ficará para sempre marcado na memória dos Nogueirenses, pois nesse dia foi inaugurado um monumento que perpetua na pedra todos os que ao longo dos tempos trabalharam (e trabalham) numa arte que orgulha Nogueira do Cravo.
É um monumento de recordações, para relembrar a todos que Nogueira deve muito aos “arguinas”. Homens que com as suas mãos e picos abençoados moldaram a sua alma no reflexo da pedra e que ainda hoje se assumem como um exemplo na arte de a trabalhar.
Passados quase 6 anos da sua inauguração vamos aqui deixar a “explicação artística” do escultor Luís Queimadela acerca da sua obra:

«Nesta obra com 4,5 metros de altura e algumas toneladas de peso, pretendi contrapor, na dureza do trabalho milenar da pedra, alguma beleza, graciosidade e movimento de acordo com a estética e beleza dum trabalho difícil, duro e de sacrifício que os arguinas e todos os canteiros fizeram e continuarão a fazer.
Sinónimo de paixão e dedicação e mais uma vez contrapondo o aparecimento da obra por remoção dos excessos, porque tudo já lá está, é uma questão de tempo e de procura, porque a matéria se vai adaptando à ideia do homem, tal se adaptou à ideia de Deus.
Este arguina não sai na forma escultórica, mas entra na pedra como sinónimo dessa paixão eterna com a pedra, deixando o rosto apontado para a entrada ou a saída dependente das vontades e obrigações.
Inscrito nesta obra fica todo o trabalho por mais fino, o na cornija que encima, até ao lascar ou ao quebrar do bloco, tudo meras atitudes da tal procura do querer e do fazer, assim como a base ou o principio, o pai nosso do arguina, enfim, résteas palavras que o saber do tempo não pode calar, nos trabalhos perpetuados por aqueles que teimam ser os obreiros, nem que para isso usem o esquadro, o compasso, o fio de prumo ou a marreta e o cinzel».

IC7 e IC37

Os presidentes das Câmaras Municipais de Seia e Oliveira do Hospital manifestaram-se ontem em “sintonia” no que respeita ao futuro traçado do Itinerário Complementar (IC) 6 e a sua ligação ao IC7 e IC37.
Num debate realizado no Hotel São Paulo, em Oliveira do Hospital, Eduardo Brito e Mário Alves mostraram-se defensores do terceiro cenário avançado pelo Governo, rejeitando por isso aceitar a proposta avançada pelo Núcleo de Desenvolvimento Empresarial do Interior e Beiras (NDEIB) como a melhor alternativa.

“Acessibilidades à região” foi o tema do debate organizado pelo NDEIB e que juntou à mesma mesa autarcas da região, empresários, responsáveis por estabelecimentos de ensino, Governador Civil de Coimbra, presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e o Secretário de Estado das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos. As mesmas individualidades participaram também ao final da manhã na cerimónia de inauguração da sede do NDEIB, a funcionar há cerca de um ano em Oliveira do Hospital.
No encontro que permitiu ao presidente do NDEIB, Fernando Tavares Pereira, apresentar um traçado alternativo aos três cenários propostos pelo Governo e que tinha como objectivo – como referiu o empresário – constituir-se uma moção em defesa daquele traçado, acabaram por sobressair as vozes dos autarcas de Seia e Oliveira do Hospital, mostrando-se certos quanto às suas preferências.
“Temos a lição bem estudada, sabemos aquilo que queremos”, afirmou Eduardo Brito, notando que a decisão da Câmara a que preside – e que carece apenas de aprovação em Assembleia Municipal – “se baseia em torno dos cenários que o Governo pôs à disposição”.
Referiu-se à terceira alternativa como a que mais satisfaz o município e que acaba por “não se diferenciar muito” – como disse – do cenário avançado pelo NDEIB. Eduardo Brito mostrou-se também disponível para “um encontro de ideias” entre os vários municípios. “Devemos é ser rápidos”, considerou.

** Notícia Correio da Beira Serra Online